23 de novembro de 2010


Esta figura eu peguei no blog "Cãotinho da Lola", que eu sigo. Achei lindo, pois minha mamis adotou um virinha chamado Bethoven, que eu chamo de Tove. Ele é muito bonzinho e eu já coloquei ele no esquema lá de casa. Já mostrei quem é a chefe da matilha, hihihi...
Aproveito para publicar um texto de Roberto Gomes sobre o que é ter um cão, muito lindo...

Ter cachorros, como fazem muitos, para admirar a elegância de seu corpo, orgulhar-se com sua genealogia, enfeitá-los com paletós, botinas, óculos, aproveitar suas qualidades para a caça ou a guarda de nossa casa, isto não é amar, nunca foi amar! É apenas tirar proveito dos animais para satisfação do nosso egoísmo ou da nossa vaidade.
Amá-los é conviver com eles, interessar-se pelos mil incidentes miúdos de sua vida de cachorros, tratá-los como nossos irmãos mais moços, mais fracos, portanto mais dignos de piedade, inclinar-se sobre sua pequena alma.
Já não vivemos na época dos Cartesianos e ninguém põe hoje em dúvida, suponho, a existência da alma canina. São Tomás de Aquino já concedia aos animais uma alma imaterial; negava-lhes apenas a imortalidade. E há bondade numa pequena alma de cão! Há neles uma tal ternura, uma confiança tão ingênua, um esforço tão ardente para nos compreender! Entregam-se tão completa, tão exclusivamente a nós! Parecem dizer-nos:
"Sim estou bem. Sou pobre criatura fraca e tu foste a principio meu inimigo. Entretanto, não te quero mal.
Amo-te. Mais ainda: abandonando as florestas selvagens, venho morar contigo nas cidades barulhentas.
És meu Senhor, meu Deus. Serei o mais fiel de seus criados, amar-te-ei com todas as forças de minha minúscula alma de cachorro.
Amar-te-ei sem te julgar porque o dia em que começarmos a julgar o ente querido já marca o inicio do fim do nosso amor. Mas não te julgarei nunca.
Nunca te pedirei satisfação pelas tuas injustiças.
Dou-te todo meu afeto, meu corpo, minha alma e, em troca, só te peço algumas migalhas de pão e um pouco de amor.
Por ti vou trair meus irmãos animais. Repudio-os e assino contigo um tratado de aliança. Fico ao teu lado. Se fores atacado por um deles, defender-te-ei cegamente sem fugir, sem me deixar corromper e, se for preciso, morrerei por ti"

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